sábado, 1 de setembro de 2012

Jogos Paralímpicos e cidadania



Começaram na última quarta-feira, 29, os Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Até o próximo dia 9 de setembro, mais de quatro mil atletas, com diversas deficiências físicas, sensoriais, intelectuais, paralisia cerebral, amputações e outras, provenientes de 164 países, estarão disputando 503 medalhas. Os Jogos Paralímpicos de Londres marcarão um novo recorde histórico de esportistas e países, já que superarão os números obtidos em Pequim, quando quatro mil atletas e 147 nações estiveram presentes. O Brasil estará representado por 182 desportistas, sendo 115 homens e 67 mulheres, um aumento em 7,6% na delegação feminina em relação aos Jogos de Pequim 2008.

Os jogos serão realizados nas mesmas instalações que abrigaram os Jogos Olímpicos há cerca de um mês. O programa oficial inclui 20 esportes em 11 dias de competição, além de estarem previstos cerca de 1,2 mil exames antidopings. Na última segunda-feira, 27, foi realizada a cerimônia que oficializa a entrada da delegação brasileira na Vila Paralímpíca, com o hasteamento da bandeira e o toque do Hino Nacional. Estiveram presentes todos os atletas que participarão dos Jogos, além de membros do parlamento britânico e artistas.

A meta da delegação brasileira, de acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), é superar o sétimo lugar no Quadro Geral de Medalhas, obtido em Pequim. O canal a cabo Sportv anuncia cobertura dos Jogos.

Rio segue carona de Londres

Mobilidade não apenas para atletas e torcedores, mas para a população como um todo. Com boa parte de suas linhas de transporte adaptadas para deficientes, Londres serve de modelo para as melhorias que deverão ser feitas no Rio de Janeiro, sede dos próximos Jogos.

Composta por 8,5 mil ônibus, a frota londrina é 100% adaptada aos cadeirantes. Além disso, um sistema implantado há dois anos auxilia cegos, surdos e até turistas: todas as paradas da cidade foram mapeadas e um painel eletrônico dentro de cada ônibus avisa qual é o próximo ponto.

Os deficientes têm acesso gratuito a todo sistema de transporte. Maior e mais antigo sistema do mundo, o metrô londrino é, contudo, o grande entrave para garantir a acessibilidade total. As escadarias e a distância das plataformas para os vagões impossibilitam o uso pelos cadeirantes. Embora as estações antigas não possam ser adaptadas (as que possibilitavam ter elevadores já foram reformadas), instalações a partir da década de 80 são plenamente acessíveis. Não por acaso, as praças esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão concentradas no lado leste da cidade, região de expansão da metrópole e que possui a maior parte das linhas adaptadas. Uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) é de que todos os locais de prova tenham acesso público inclusive para deficientes.

Com frota semelhante à londrina – são oito mil veículos -, o Rio de Janeiro já conta com mais de 50% dos ônibus adaptados. A renovação completa ocorrerá até 2014, já que a cidade também é sede da Copa do Mundo. Escolhido como sistema de transporte para os Jogos de 2016, o BRT (Bus Rapid Transit) também será completamente adaptado. Membros do Programa de Observadores estão em Londres para estudar outras soluções. Outro desafio para receber a competição paralímpica é que todas as instalações atendam às necessidades dos atletas.

Estudantes falam sobre a situação dos deficientes no Brasil

Por Gabriel (71)

O número de deficientes no País aumenta a todo instante quando uma pessoa sofre um acidente de carro e fica paraplégico ou a pessoa já nasce com deficiência.

Com o crescimento de deficientes, cresce o preconceito!

Os Jogos Paralímpicos trazem uma oportunidade para que os deficientes mostrem o seu valor, além destes trazerem medalhas para o Brasil. No entanto, mesmo que não tragam, outras estão por vir.

Por Kelvin (5A) e Micael (3B)

Os cadeirantes estão cansados do preconceito e falta de educação da sociedade e do descaso das Prefeituras no que se refere à acessibilidade. Motoristas de ônibus correm ao ver um cadeirante na parada de ônibus, calçadas esburacadas e com cordão alto tornam um desafio a locomoção de um cadeirante. Qualquer cidadão tem o direito de ir e vir e contar ao menos com o respeito de todos.

Por Agatha (6A), Barbara (5B), Julhya (5B), Maria (62) e Yasmin (6B)

Os Jogos Paralímpicos foram criados para incluir o portador de deficiência a nossa sociedade.

Quando você vê um cego prestes a atravessar a rua, você o ajuda? A resposta é não, pois existem várias pessoas que só pensam em si mesmas. Porém, há outras pessoas que ajudam, nada mais que correto.

Faça uma reflexão: caso você fosse deficiente, você gostaria de ser excluído da sociedade. Nós não, por isso vamos fazer a nossa arte para que toda a sociedade ganhe com isso! Faz bem pensar no bem do próximo!

Gisele (5A), Léo (4A), Rodrigo (3B) e Wesley (3A)

Devemos respeitar os deficientes, ser solidários e ajudá-los quando pedirem. É muito importante que os deficientes tenham acesso a tudo por meio de calçadas rebaixadas, rampas rolantes, banheiros e ônibus adaptados, além da ampliação do acervo de livros, sinais e orientações em braile.

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